O CEO Lucio Winck aponta que muitos brinquedos que fizeram parte da infância brasileira sobreviveram ao tempo, mesmo sem tecnologia ou grandes campanhas. Carrinho de rolimã, pião, bolinha de gude e figurinhas com personagens de novelas ou futebol fazem parte da memória coletiva do país. A simplicidade e a criatividade por trás desses brinquedos explicam não só sua popularidade, mas também o carinho que ainda despertam em diferentes gerações.
Mais do que diversão, esses brinquedos representavam momentos compartilhados em ruas, quintais e praças. O tempo livre era sinônimo de encontro, e a brincadeira acontecia sem a mediação de telas ou comandos digitais. Porém, entender o sucesso dos brinquedos clássicos é ótimo para quem pensa em criar experiências que realmente se conectem com o público.
Talvez esteja aí a principal lição deles: engajamento não precisa ser complicado!
Por que esses brinquedos fizeram tanto sucesso?
A combinação entre baixo custo, acessibilidade e fácil replicação transformou esses brinquedos em fenômenos nacionais. Qualquer criança podia participar, muitas vezes usando objetos improvisados. Conforme o CEO Lucio Winck, o carrinho de rolimã, por exemplo, era montado com tábuas e rolamentos velhos, e ainda assim garantia horas de competição nas ladeiras da vizinhança.

Outro ponto importante era o fator social. Jogos como bolinha de gude ou bafo com cards envolviam disputa, troca e até pequenas apostas, o que criava uma dinâmica viva entre os grupos de amigos. Esses brinquedos não vinham com manual de instrução rígido. Ao contrário, eles estimulavam a criação de regras próprias, variações regionais e adaptações criativas conforme o espaço e a idade.
O que os brinquedos antigos ainda ensinam ao mercado atual?
Esses clássicos mostraram que o valor de um brinquedo está mais na experiência que ele proporciona do que na complexidade do produto. O CEO Lucio Winck aponta que essa lógica continua válida hoje: mesmo em um mundo dominado por tecnologia, brinquedos que ativam a imaginação, estimulam o movimento ou convidam à socialização ainda são altamente procurados.
Há uma retomada de interesse por brinquedos nostálgicos, tanto por parte de adultos em busca de memória afetiva quanto de pais que querem apresentar aos filhos uma forma mais simples de brincar. Marcas que souberem reinterpretar esses ícones com uma proposta atual e sem perder a essência original têm muito a ganhar em conexão emocional e diferencial de mercado.
Por que resgatar essas memórias é um bom negócio?
A volta dos brinquedos clássicos mostra que o passado pode ser uma fonte rica de inspiração para o futuro. O CEO Lucio Winck destaca que revisitar o que marcou gerações ajuda a entender o que realmente cria vínculo com o público, e isso vale tanto para brinquedos quanto para qualquer produto que queira se manter relevante ao longo do tempo.
Em um mercado cada vez mais saturado de estímulos, a simplicidade pode ser o que se destaca. Carrinhos, piões e figurinhas não sobreviveram por acaso. Eles funcionaram porque respeitaram a essência do brincar: leveza, desafio e convivência. E talvez seja esse o segredo que muitos produtos atuais ainda precisam redescobrir.
Autor: Darya Fedorovna