Como aponta o especialista Alex Nabuco dos Santos, este é o momento de trocar intuição isolada por inteligência analítica escalável e auditável. Se o seu objetivo é reduzir a inadimplência, antecipar gargalos de obra, precificar com precisão e proteger margens, avance na leitura. Você verá, passo a passo, como a inteligência artificial transforma dados dispersos em decisões consistentes, reduzindo incertezas em aquisição de terrenos, crédito, desenvolvimento, operação e desinvestimento.
Do feeling ao framework analítico
A análise de risco deixou de depender apenas de histórico e experiência individual. Modelos preditivos, quando bem governados, combinam séries temporais, variáveis macroeconômicas e atributos micro de cada ativo para estimar probabilidade de evento adverso. A IA permite simular cenários alternativos e testar a resiliência do portfólio diante de choques de juros, inflação e câmbio.
A disciplina começa pela padronização do dado. Sem cadastros consistentes de empreendimentos, cronogramas, fornecedores e contratos, a melhor arquitetura algorítmica perde potência. Portanto, fluxo, qualidade e rastreabilidade de dados tornam-se insumos estratégicos.
Fontes de dados e engenharia de atributos
Em consonância com as melhores práticas, a base preditiva não se limita ao ERP ou ao CRM. Integram-se indicadores de mobilidade, mapas de renda, licenciamento, outorga, histórico de vendas por microrregião, custo de materiais, prazos de repasse e índices de confiança. Outrossim, imagens de satélite e dados de sensoriamento oferecem pistas sobre adensamento, frentes de obra e mudanças de uso do solo.
A engenharia de atributos é onde o valor nasce. Variáveis como razão entre estoque e absorção, distância ponderada a eixos de transporte, elasticidade de preço por tipologia, concentração de fornecedores críticos e volatilidade de lead time são exemplos que elevam a acurácia dos modelos.
Modelagem, explicabilidade e conformidade
De fato, não existe modelo único que resolva todos os problemas. Árvores de decisão, gradient boosting e redes neurais convivem com regressões e modelos de sobrevivência. Cada família oferece prós e contras em termos de interpretabilidade, performance e custo computacional. Além disso, técnicas de explicabilidade, como SHAP e LIME, ajudam a entender a contribuição de cada variável, evitando a caixa-preta e facilitando a defesa técnica diante de auditorias.
Como comenta o empresário Alex Nabuco dos Santos, a conformidade é inegociável. Políticas de governança algorítmica, trilhas de auditoria, versionamento de modelos e segregação de ambientes garantem que previsões possam ser reproduzidas e contestadas.

Risco de crédito, obra e comercial: três frentes críticas
Sob outra perspectiva, a IA atua como radar em frentes distintas. Em crédito ao comprador, modelos estimam probabilidade de atraso e recomendam limites, prazos e seguros. Em risco de obra, a análise de cronogramas, produtividade e clima antecipa atrasos e pressiona planos de mitigação. No risco comercial, a leitura de funil, elasticidade de preço e concorrência permite ajustar mix, campanha e ritmo de lançamentos com antecedência.
Como ressalta o especialista Alex Nabuco dos Santos, o maior ganho raramente está em prever o óbvio, mas em identificar sinais fracos. Pequenas anomalias em consumo de insumos, revisitas de clientes e variações de visitação por tipologia costumam anteceder problemas de caixa ou de velocidade de vendas.
Integração com underwriting, seguros e funding
Além disso, a IA fortalece a interface entre análise de risco e captação. Em underwriting de terrenos, scores de viabilidade ponderam preço pedido, volumetria, restrições e cronograma de licenças. Em seguros, modelos ajustam franquias e coberturas conforme o perfil de obra e histórico de sinistros. No funding, métricas preditivas oferecem conforto a investidores e credores, reduzindo custo de capital e ampliando prazos.
Conforme expõe o especialista Alex Nabuco dos Santos, a clareza de premissas e a consistência de dados dão lastro ao diálogo com bancos e fundos. Quando o risco é mensurado com método, o capital flui com menos fricção.
Ética, LGPD e viés algorítmico
Convém destacar que modelos podem reproduzir vieses escondidos nos dados. Por conseguinte, comitês de ética, avaliações de fairness e revisão periódica de atributos sensíveis são práticas obrigatórias. A LGPD demanda finalidade explícita, minimização e segurança da informação, com retenção de dados limitada ao necessário. Transparência com o cliente e com parceiros evita litígios e fortalece a reputação institucional.
Risco mensurado é valor preservado!
A inteligência artificial não elimina o risco, mas o dimensiona com precisão e velocidade. Quando dados confiáveis, modelos explicáveis e governança rigorosa se unem, a gestão deixa de reagir ao passado e passa a dirigir o futuro.
Como pontua o especialista Alex Nabuco dos Santos, a vantagem competitiva emerge da combinação entre método e prudência. A IA, quando aplicada com propósito e ética, converte incerteza em decisão, reduz perdas e amplia a confiança de investidores, clientes e parceiros. No mercado imobiliário, risco bem medido é patrimônio melhor protegido.
Autor: Darya Fedorovna